Marello e a Juventude

Quando pensamos na figura de São José Marello, logo vem em mente o santo da juventude, ou melhor, o apóstolo da juventude. Porém, para entendermos a amor de São José Marello pela juventude, primeiro é preciso ter claro que ele também foi um jovem como muitos de nós fomos, somos ou vamos ser.

Em sua juventude, enfrentou crises e dificuldades, mas também foi sonhador, entusiasta, como qualquer jovem, em sua maioria é. Sonhou em fazer jornalismo, ou ser um grande comerciante como seu pai Vicente Marello foi. Teve dúvidas quando em seu coração sentia forte o chamado ao sacerdócio, porém, devido a situação sócio-política de seu país (a guerra entre o Piemonte e Áustria, onde os seminários foram transformados em quartéis militares), teve que abandonar os estudos eclesiásticos, decorrência também de uma crise vocacional muito grande.

Ao decidir sair do seminário, teve em sua vida “grandes heróis” que por algum tempo o influenciaram, como por exemplo, Garibaldi (que logo percebeu que este era um anti clerical).

Tudo isso para dizer que Marello foi um jovem igual a nós, e justamente por ter vivido de uma forma concreta esse período maravilhoso de sua vida, teve um amor preferencial pelos jovens.

Vendo a situação da juventude em sua época ele dizia: “Ah! Pobre juventude, tão abandonada e esquecida; pobre geração nova, deixada sobremodo à própria sorte e ainda muitíssimo caluniada ou, pelo menos, duramente julgada em suas leviandades e em sua generosidade mal contida, naquela necessidade de ação mal desenvolvida, de afetos mal orientados, pelos quais, sem culpa totalmente dela, se afastado caminho reto! Pobre juventude! Rezemos mui particularmente por ela”.

Vele dizer que neste período histórico a juventude vinha sendo influenciada pelo liberalismo desenfreado e pelo positivismo da época. Trazendo para nossa realidade, hoje não é muito diferente, pois nossos jovens continuam sendo influenciados, não pelo liberalismo ou positivismo, mais pela tentação que o nosso papa Bento XVI chama de o “Deus mercadológico”, pela mídia, entre outras coisas. Ou seja, vivem o subjetivismo, não se abrindo ao mundo e não conhecendo e vivenciando o amor de Deus em suas vidas.

Por esse motivo, Marello fundou a Congregação dos Oblatos de São José, para que cuidando dos interesses de Jesus, possamos também cuidar da educação da juventude. Por isso digo: é compromisso de cada josefino, que tenha um carinho especial pela juventude, fazer aquilo que Marello nos propôs: “Trabalhe pela formação da Juventude: o pouco já muito e barrar o mal já um grande bem”

São José Marello... Rogai por nós!

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